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A abordagem utilizada considera os benefícios potenciais da recuperação de áreas desmatadas em termos de conservação da biodiversidade, mitigação das mudanças do clima e conservação do recurso hídrico, bem como a redução dos custos, para identificar áreas prioritárias para a recuperação florestal na Mata Atlântica. Através da formulação e avaliação de cenários alternativos – incluindo tanto cenários que visam maximizar cada benefício ou reduzir os custos individualmente, quanto cenários de conciliação que buscam uma solução ótima e equilibrada entre todos os benefícios e custos – foram descritos os trade-offs e sinergias entre benefícios e custos da recuperação florestal.

Na Mata Atlântica, as áreas com o maior potencial de contribuir para a conservação da biodiversidade são mais baratas para serem recuperadas do que as áreas com maior potencial de mitigação das mudanças do clima e de conservação dos recursos hídricos (maior custo), principalmente por coincidirem com locais onde há um menor custo de oportunidade da terra. O cenário de conciliação entre todos os benefícios e custos apresenta: (i) o segundo menor custo total, 3,5% mais caro do que o cenário que otimiza apenas a redução dos custos; (ii) o segundo maior potencial de redução do risco de extinção de espécies, 79% do potencial estimado para o cenário que maximiza apenas a conservação da biodiversidade; (iii) o terceiro maior potencial de sequestro de carbono, 57% do potencial estimado para o cenário que maximiza apenas a mitigação das mudanças do clima; e (iv) o quarto maior potencial para a melhoria da qualidade da água, 45% do potencial estimado para o cenário que maximiza apenas a conservação dos recursos hídricos.

Observação: o sumário disponível no link abaixo passou por ajustes na base de dados espaciais de custos de implementação da restauração na Mata Atlântica, o que exigiu uma atualização do exercício de modelagem para identificação das áreas prioritárias para a restauração neste bioma.