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O papel do histórico de uso da terra nos caminhos sucessionais e suas implicações para a restauração de florestas tropicais

As florestas secundárias, formadas pela regeneração natural em áreas agrícolas abandonadas, são componentes cada vez mais importantes das paisagens modificadas pelo homem nos trópicos, uma vez que podem abrigar uma alta diversidade de flora e fauna, protegendo os solos e os corpos d’água, além de servirem de corredores ecológicos entre fragmentos florestais. No entanto, os caminhos sucessionais que a regeneração natural pode seguir variam enormemente dentro das paisagens, com taxas muito variáveis de restauração da diversidade, estrutura da vegetação e composição de espécies. Enquanto as condições climáticas e edáficas geram variações entre as regiões, o histórico do uso da terra desempenha um papel central em gerar caminhos sucessionais divergentes dentro de uma mesma paisagem.

Para saber como o uso da terra afeta a sucessão, é necessário considerar intensidade, extensão espacial, frequência, duração e práticas de manejo, além de uma combinação complexa de mecanismos que atuam em diferentes componentes do ecossistema e em diferentes escalas espaciais e temporais. Neste estudo, os autores realizaram uma revisão da literatura, incluindo 196 artigos em florestas tropicais úmidas e secas, para entender como o histórico de uso da terra afeta a capacidade de regeneração de florestas tropicais. Com base nessa revisão, o estudo propõe um framework que descreve a sucessão ecológica em paisagens transformadas pelo homem (fig 1), e indica como as informações sobre o histórico do uso do solo e o contexto da paisagem podem ser usados para definir estratégias de restauração em florestas tropicais (fig 2).

 

Fig.1

 

Fig. 2