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Desconsiderar a perda de vegetação fora das florestas coloca em perigo o Cerrado brasileiro e outros ecossistemas não florestais
A ênfase global em deter a perda de florestas falhou em reconhecer a biodiversidade e a prestação de serviços ecossistêmicos em ecossistemas não florestais, como o Cerrado brasileiro. É urgente coordenar instrumentos de políticas e projetos para evitar o vazamento de desmatamento e conversão de florestas para esses ecossistemas. Essas estratégias não devem apenas impedir mais conversão e perda de vegetação natural, mas também abranger recursos hídricos e manejo de incêndios, estabelecer corredores ecológicos, restaurar terras convertidas e degradadas, e proteger os territórios de povos indígenas e comunidades tradicionais.
Nesse artigo, é enfatizada a necessidade urgente de abordar a destruição dos ecossistemas não florestais, inclusive na próxima Conferência das Partes da ONU (COP28), e de empreender esforços coordenados para protegê-los em meio à crise climática.