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No Caminho da Mata Atlântica: restaurando paisagens produtivas no Recôncavo da Guanabara

Com apenas 28% de sua cobertura florestal original e uma vasta variedade de espécies endêmicas, a Mata Atlântica é uma das regiões biogeográficas prioritárias para a conservação e restauração de ecossistemas no Brasil e no mundo. Para implementar a restauração em larga escala, é necessário um esforço coordenado e abrangente, incluindo a priorização de áreas, a seleção das estratégias e métodos de recuperação mais adequados para o cenário socioeconômico e ambiental da região, o fortalecimento de redes e capacidades locais, além do fomento às cadeias produtivas daquele território. A região historicamente conhecida como Recôncavo da Guanabara apresenta ainda grande relevância ecológica e pressão demográfica, de modo que ações de restauração possuem alto potencial de geração de benefícios ambientais e socioeconômicos.

O Florestas do Amanhã, iniciativa do Governo do Estado por meio da Secretaria do Ambiente e Sustentabilidade, visa restaurar o bioma e conta com investimentos de recursos por meio do Fundo da Mata Atlântica. A iniciativa busca aumentar a cobertura florestal do estado do Rio de Janeiro em 10%, chegando a um total de 40% do território coberto pela Mata Atlântica.

Neste contexto, o projeto “No Caminho da Mata Atlântica: restaurando paisagens produtivas no Recôncavo da Guanabara”, foi selecionado e tem como objetivo promover a recuperação da vegetação nativa da Mata Atlântica a partir de uma abordagem de gestão integrada da paisagem, visando a conservação da biodiversidade, a adequação ambiental de propriedades rurais, o fortalecimento das cadeias produtivas agroflorestais, e o avanço do conhecimento na temática da restauração de ecossistemas, nos municípios de Cachoeiras de Macacu, Guapimirim e Magé, RJ.

O projeto irá restaurar 150 hectares, utilizando diferentes técnicas de restauração ecológica e produtiva, incluindo o plantio de mudas, a semeadura direta e a implementação de sistemas agroflorestais, e buscando aproveitar o potencial de regeneração natural de cada área para redução de custos. Para garantir a eficácia e sustentabilidade das atividades de restauração, o projeto também prevê a capacitação de técnicos e produtores rurais, bem como a implementação de iniciativas para promover a coleta de sementes e produção de mudas nativas. Além disso, as áreas em processo de restauração serão monitoradas utilizando indicadores de flora, solo, sociais e econômicos, subsidiando as ações de manejo e avaliações de custo-efetividade de diferentes estratégias de restauração.

Iniciado em fevereiro de 2024, espera-se que o projeto contribua, ao longo dos próximos 4 anos, na criação de um ambiente favorável à restauração em larga escala, fortalecendo as capacidades locais para a implementação de políticas ambientais e o desenvolvimento rural sustentável. 

O projeto é uma iniciativa conjunta do Instituto Internacional para a Sustentabilidade (IIS) e do Caminho da Mata Atlântica (CMA), e tem como parceiros a Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Agrobiologia, a Agroicone, o Instituto Socioambiental (ISA) e a Associação de Agricultores Biológicos do Estado do Rio de Janeiro (ABIO). O projeto é financiado pelo Programa Florestas do Amanhã, iniciativa da Secretaria Estadual de Ambiente e Sustentabilidade (SEAS), via Fundo da Mata Atlântica (FMA-RJ), que tem o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) como gestor operacional.

Colaboradores Relacionados (7)

Parceiros Relacionados (14)

Agroicone Associação de Agricultores Biológicos do Estado Rio Janeiro (ABIO) Associação de Agricultores do Fojo (AFOJO) Caminho da Mata Atlântica (CMA) Embrapa Agrobiologia Florestas do Amanhã Fundo da Mata Atlântica (FMA) Instituto estadual do ambiente (inea) Instituto Socioambiental (ISA) Prefeitura de Cachoeiras de Macacu Prefeitura de Guapimirim Prefeitura de Magé Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA) Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS)