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29.01.20
Retrospectiva 2019 do IIS
Iniciamos o ano sendo destaque na mídia nacional e internacional, pela publicação de um artigo que apresenta um algoritmo inédito, o qual identifica as áreas prioritárias para restauração da Mata Atlântica. O algoritmo combina os benefícios para a biodiversidade e mitigação das mudanças climáticas, a custos reduzidos e apresentou custo benefício oito vezes maior do que os métodos tradicionais.
Lançamos uma plataforma customizável, que otimiza o planejamento integrado do uso da Terra para conservação, restauração e agricultura sustentável em escalas local, nacional ou global. O lançamento da plataforma foi realizado na Consulta Temática para Restauração de Ecossistemas da Convenção da Diversidade Biológica da ONU, evento sediado pelo IIS em parceria com a CBD, no Rio de Janeiro, em novembro. A solução foi apresentada em congressos no mundo todo, como a 9ª Conferencia da Biodiversidade de Trondheim, na Noruega (julho); Conferência Mundial de Restauração Ecológica, na África do Sul e Cúpula da Ação Climática da ONU, nos Estados Unidos (setembro) e 23º encontro do Corpo Técnico Subsidiário da CBD, no Canadá (novembro).
Nosso diretor. Bernardo Strassburg, foi um dos autores do mais abrangente relatório científico já produzido, para a Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES). O estudo trata sobre o estado de vida na Terra e sua consequência para as pessoas e a publicação teve grande repercussão na imprensa.
Apoiamos países e cidades latino americanas em avaliar suas vulnerabilidades às mudanças climáticas e a preparar e fortalecer seus respectivos planos de adaptação. Também lançamos um sumário voltado à tomadores de decisão para desbloquear o potencial de restauração das florestas de maneira mais custo-efetiva.
Em âmbito nacional, coordenamos o Relatório Temático sobre Restauração de Ecossistemas da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES), lançado em agosto, e subsidiamos o Ministério do Meio Ambiente em relação ao valor dos danos econômicos sobre as infraestruturas críticas de abastecimento de água, geração de energia elétrica etc, causados em diferentes cenários de mudanças climáticas.
Atuamos localmente nos reunindo com lideranças, ouvindo os problemas enfrentados na região e promovendo a troca de experiencias entre proprietários de terra, comunidades tradicionais e quilombolas na Mata Atlântica, e no Cerrado, para o Projeto GEF Áreas Privadas.
Também estivemos em campo para registrar a produção doméstica de biocarvão e sua aplicação no Brasil e publicamos uma análise ambiental e de custo-benefício sobre a aplicação de biocarvão para melhoria de pastagens degradadas no Brasil.
Em escolas, promovemos a educação ambiental com alunos através de jogos e atividades pedagógicas, debatendo sobre o valor dos serviços ecossistêmicos. Os resultados foram compartilhados com a comunidade científica.
Buscamos aproximar o setor público do econômico, promovendo debates e intercambio de conhecimento entre os tomadores de decisão das esferas municipais, estaduais e federais, além de workshops e oficinas no Brasil e exterior.
Apoiamos nosso parceiro CSRio na realização de seminários abertos ao público e com participação de palestrantes ilustres como Emilio La Rovere, Cecilia Herzog e Gustavo Loyola. Ainda com o CSRio, e também com a PUC-Rio, lançamos o primeiro Mestrado Profissional em Ciência da Sustentabilidade do Brasil.
A recompensa por todo esse esforço veio na conquista de novos projetos – como o NATWIP e o UKRI GCRF Trade, Development and the Environment HUB – e parcerias. Tudo isso só foi possível graças aos importantes reforços na equipe, que aumentou de 26 para 40 colaboradores nem 2019.
E o melhor de tudo é que encerramos o ano com o otimismo de que 2020 será ainda melhor.