Cúpula pavimenta caminho para COP 30, em Belém, que marcará décimo aniversário do Acordo de Paris; movimento acompanha atualização de metas climáticas nacionais na COP 29

 

A relevância da restauração ecológica para o enfrentamento da crise climática é uma das principais agendas que a Coalizão Brasil leva à Conferência do Clima da ONU, a COP 29, que começou nesta semana em Baku, no Azerbaijão.

Membros da rede e especialistas participam neste sábado (16) do painel “Os benefícios da restauração: alinhamento de estratégias públicas e privadas para geração de emprego e renda e o cumprimento do Acordo de Paris”, no Hub Amazônia Legal, na Blue Zone.

O debate é organizado pela Coalizão, Agroicone, Conservação Internacional (CI), Instituto Arapyaú, Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS), Ipam e The Nature Conservancy Brasil (TNC).

Conheça a agenda de eventos recomendadas pela Coalizão neste link.

O início da COP 29 foi marcado pelo temor de seu esvaziamento, devido à ausência de importantes chefes de Estado – como os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Joe Biden (EUA), Xi Jinping (China) e Ursula von der Leven (Comissão Europeia) – e à eleição de Donald Trump, crítico do Acordo de Paris, para a Casa Branca.

Para André Guimarães, membro do Grupo Estratégico da Coalizão, o resultado da eleição presidencial americana aumentou a relevância da COP, visto que a comunidade internacional precisa unir esforços para o enfrentamento da crise climática.

“Esta COP flutuou muito em termos de importância. Agora, o fato é que ela passou a ser estratégica, porque tivemos a eleição nos Estados Unidos, o que muito provavelmente vai modificar as orientações daquele país, e isso torna mais premente as ações dos demais países”, afirmou em entrevista ao podcast “O Assunto”. “Da mesma forma, é uma COP importante porque vai pavimentar o caminho para a COP 30, quando se completam os 10 anos do Acordo de Paris “, destacou.

Além da restauração, a Coalizão também deve acompanhar de perto as discussões sobre sistemas alimentares. Em 2023, durante a COP 28, em Dubai, o movimento aderiu, a convite da UN Climate Change High-Level Champions (HLCs), à iniciativa “Transformando os sistemas alimentares para as pessoas, a natureza e o clima”. A rede considera que a segurança alimentar e o combate à fome são essenciais para promover a prosperidade do Brasil.

A Coalizão acompanha também a mobilização para que os países assumam contribuições climáticas (NDCs) mais ambiciosas, alinhadas ao compromisso de limitar o aumento da temperatura global a 1,5 grau Celsius em relação aos níveis da era pré-industrial.

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