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Entre os dias 21 e 22 de fevereiro cerca de 80 pessoas se reuniram no Parque Ecológico do Mico-Leão Dourado, em Silva Jardim (RJ), para discutir a Fase II do projeto “GEF Áreas Privadas – Concretização do potencial de conservação da biodiversidade em áreas privadas no Brasil”.

O evento foi organizado pela Secretaria Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos  Animais do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (SBio/MMA), em conjunto com o Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS) e a Associação Mico-Leão Dourado (AMLD).

O objetivo da oficina foi alinhar os resultados já alcançados, promover a mobilização e a coordenação dos diversos atores e representantes locais envolvidos no projeto, com o intuito de dar início à implementação de sua segunda fase na Mata Atlântica.

Para o Chefe de Gabinete da SBio/MMA e Coordenador Institucional do Projeto, Carlos Eduardo Marinelli, a oficina foi um momento importante de alinhamento e projeção para o futuro. “Esta oficina nos dá a oportunidade de discutirmos e recolhermos subsídios para definirmos como atingir os objetivos do projeto. As metas e indicadores continuam mantidos, mas temos agora a possibilidade de rever algumas prioridades para serem executadas na segunda fase do projeto”.

As principais metas do projeto incluem: melhorar a conservação da biodiversidade e a provisão de serviços ecossistêmicos; aumentar a conectividade e a cobertura de vegetação nativa; reduzir a degradação ambiental em áreas privadas; melhorar a conservação das espécies ameaçadas; e mitigar as mudanças do clima.

Após as introduções sobre o progresso do projeto, os participantes foram organizados em quatro grupos de trabalho temáticos: ecoturismo, restauração, agroecologia e pecuária sustentável e monitoramento da biodiversidade, com o propósito de facilitar a troca de ideias e contribuir para o planejamento participativo da próxima fase.

No bioma Mata Atlântica, o projeto é implementado na Área de Proteção Ambiental (APA) da Bacia do Rio São João, situada na planície costeira do Estado do Rio de Janeiro. Esta área abrange mais de 150 mil hectares e se estende pelos municípios de Silva Jardim, Casimiro de Abreu, Rio Bonito, Araruama, Cabo Frio, Cachoeiras de Macacu e Rio das Ostras. Dentro deste espaço, as florestas representam 44% da cobertura da terra, seguidas por pastagens com 42%, áreas de agricultura com 12% e outros usos com 2%, compostos por um total de 911 propriedades rurais.

Participaram da mesa de abertura o Coordenador do Projeto GEF Áreas Privadas e Chefe de Gabinete da  SBio/ MMA, Carlos Eduardo Marinelli, o Presidente do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), Philipe Campello, a Secretária Municipal de Turismo de Silva Jardim, Luanna Branco, a Secretária Municipal de Meio Ambiente de Silva Jardim, Gabriela Figueiredo, o Secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Casimiro de Abreu, Samuel Neves e o Secretário de Meio Ambiente de Rio Bonito, Murilo Balbino.

Além de representantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), participaram do encontro membros da sociedade civil, proprietários rurais, acadêmicos, Organizações Não Governamentais e representantes da agricultura familiar.

O PROJETO

O Projeto “GEF Áreas Privadas – Concretização do potencial de conservação da biodiversidade em áreas privadas no Brasil” é financiado pelo Global Environment Facility (GEF), por meio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (ONU Meio Ambiente) e executado pelo Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS), sob coordenação da Secretaria Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). Tem por objetivos principais ampliar o manejo sustentável da paisagem e contribuir para a conservação da biodiversidade e da provisão dos serviços ecossistêmicos em áreas privadas no Brasil.