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04.12.17

Mais um artigo publicado da equipe do IIS e parceiros: Melhores práticas para o uso de cenários para o planejamento da restauração

Os cenários são ferramentas importantes para facilitar a comunicação entre cientistas, profissionais e tomadores de decisão e, assim, apoiar políticas e decisões de gerenciamento. O uso de cenários tem um enorme potencial para reduzir os custos de restauração dos ecossistemas e para otimizar os benefícios, mas esse potencial permanece mal explorado. Aqui, recomendamos e ilustramos seis práticas para orientar o uso de cenários para o planejamento da restauração de ecossistemas nativos. Argumentamos, em primeiro lugar, por um processo participativo para considerar as aspirações de múltiplas partes interessadas ao longo de todo o processo de construção de cenários, desde o planejamento até a implementação e as fases de revisão. Em segundo lugar, os resultados de restauração específicos devem ser definidos por atores-chave (aqueles que têm interesses diretos na restauração) e envolvidos diretamente nas partes interessadas, dentro de um contexto socioambiental claro e sob uma declaração de problema bem definida, considerando uma ampla gama de benefícios naturais e sociais que podem ser derivados da restauração ecológica. Em terceiro lugar, as escolhas metodológicas, como scenariotypes, escalas espaciais e temporais, drivers, variações de restauração e indicadores, devem ser avaliadas de acordo com os múltiplos resultados desejados. Em quarto lugar, encorajamos a consideração das interações entre variáveis, dentro de uma abordagem multi-critério espacialmente explícita e temporalmente dinâmica. Em quinto lugar, a análise e divulgação dos resultados dos cenários devem destacar os trade-offs e sinergias entre diferentes resultados de restauração, identificando os cenários que maximizam os benefícios e minimizam os custos e a resistência (ou seja, o cenário rentável e mais viável) para múltiplas metas. Finalmente, promover a capacitação, através de um processo de consulta mais amplo, incluindo a interação com um grupo maior de partes interessadas, é fundamental para a implementação e revisão bem sucedidas de intervenções de restauração. Cenários que apoiem a restauração do ecossistema devem seguir um processo adaptativo e iterativo, com o objetivo de melhorar continuamente as intervenções e os resultados da restauração.

 

Para maiores informações: Renato Crouzeilles – r.crouzeilles@iis-rio.org

Para ler o artigo na íntegra ir em: http://www.iis-rio.org/publicacoes ou em https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S187734351730146X