Áreas Prioritárias para Restauração da Vegetação Nativa no Brasil
O Brasil estabeleceu compromissos nacionais e internacionais para enfrentar a perda de biodiversidade e as mudanças climáticas. Entre as metas assumidas, está a expectativa da recuperação de 12 milhões de hectares de vegetação nativa até 2030 e a neutralidade de carbono até 2050. Com a atualização do Plano Nacional de Vegetação Nativa (PLANAVEG) em curso, uma das necessidades para subsidiar a nova estratégia nacional é a atualização do mapeamento das áreas prioritárias para restauração em todos os biomas brasileiros, considerando as mudanças ocorridas no uso da terra, os avanços científicos e os potenciais benefícios socioambientais que se deseja potencializar através da restauração.
Neste contexto, em uma parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Instituto Clima e Sociedade (iCS), o IIS iniciou o projeto “Áreas Prioritárias para Restauração da Vegetação Nativa no Brasil”, que irá identificar áreas prioritárias para a restauração em todos os biomas visando apoiar a atualização do PLANAVEG e outras políticas públicas. As diretrizes metodológicas gerais a serem consideradas neste (e em futuros) exercícios de priorização serão elaboradas junto a atores-chave de diferentes setores da sociedade, e os resultados específicos para cada bioma serão validados em oficinas regionais com especialistas. Um sumário executivo será elaborado com os resultados validados para orientar tomadores de decisão e o IIS fornecerá apoio técnico ao MMA para apresentação destes resultados em eventos internacionais relevantes para as agendas de biodiversidade e clima, como a 16ª edição da Conferência sobre Biodiversidade (COP 16).
Este projeto não apenas apoiará a implementação do PLANAVEG (e de outras políticas beneficiadas pelo uso dessas bases de dados) para que seja mais efetiva, mas também fornecerá uma base sólida para a formulação de outras políticas públicas alinhadas com as metas climáticas e de restauração do Brasil, apontando caminhos para uma melhor alocação de recursos e orientando soluções mais adequadas às necessidades e potencialidades de cada bioma. O projeto teve início em julho de 2024 e terá a duração de 7 meses, sendo concluído em fevereiro de 2025.