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Sumário executivo: Mapas Mentais sobre mudança de uso do solo no MATOPIBA

A maior parte da expansão agrícola no MATOPIBA tem ocorrido sobre a vegetação nativa, diferentemente do que ocorre em outras áreas de Cerrado, onde lavouras estão sendo estabelecidas em áreas de pastagens. Isso indica que aproximadamente dois terços da atual cobertura de vegetação nativa do Cerrado, que apresenta aptidão agrícola, está exposta ao risco de conversão para outros usos, principalmente a cultura da soja.

Deve-se, portanto, dirigir esforços para a implementação de políticas voltadas à redução do desmatamento legal e conservação voluntária da vegetação nativa, que além dos benefícios ambientais e climáticos, garante o acesso dos produtores brasileiros ao mercado de commodities livres do desmatamento.

Realizada no âmbito no Projeto: Incentivos e intervenções para políticas baseadas em comportamento para uma cadeia produtiva de soja sustentável e livre de desmatamento no Cerrado”, em parceria com o Centro de Ciências da Conservação e Sustentabilidade da PUC-Rio (CSRio) e financiado  pelo Land Innovation Fund (LIF), esta pesquisa objetivou identificar e avaliar os fatores comportamentais das(os) produtoras(es) rurais do MATOPIBA que influenciam a sua tomada de decisão quanto ao uso da terra. Para isso, foram gerados mapas mentais de diferentes grupos de produtoras(es) da região, com base em 60 entrevistas realizadas entre agosto e dezembro de 2022 nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

Em alguns casos, houve divergência nas opiniões das(os) entrevistadas(os), devido ao contexto, tipo de vegetação local e perfil do(a) produtor(a). Isso fica evidente, por exemplo, na percepção da qualidade do solo do Cerrado, visto como fértil em algumas regiões e pouco fértil em outras.

Os resultados subsidiarão o desenvolvimento de soluções e incentivos para eliminar o desmatamento da cadeia da soja do Cerrado.

Mapa Mental de Produtoras(es) de soja do MATOPIBA em relação à conservação voluntária da vegetação nativaAs linhas azuis indicam relações positivas entre as variáveis (se A aumenta, então B também aumenta) e as linhas laranjas indicam relações negativas (se A aumenta, então B diminui). A espessura da linha indica a força da relação:, quanto mais grossa a linha, maior foi o número de menções da influência de A em B, e quanto mais finas, menor foi o número de menções. A seta indica a direção da relação (A influencia B).

Colaboradores Relacionados (7)

Parceiros Relacionados (3)

Centro de Ciências da Conservação e Sustentabilidade do Rio (CSRio) Land Innovation Fund (LIF) Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)