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23.12.22

Especialistas fazem Retrospectiva Ambiental de 2022

Um ano com as eleições presidenciais mais disputadas da história do Brasil; fenômenos climáticos extremos causando inúmeros transtornos; desmatamento em alta; e ameaças a territórios de povos tradicionais. Por outro lado, 2022 também foi marcado pela criação de fundos internacionais para perdas e danos decorrentes das mudanças climáticas e para a proteção da biodiversidade e expectativa de mudanças na agenda ambiental com um novo cenário político desenhado.

Na visão de Rafael Loyola, diretor executivo do Instituto Internacional para a Sustentabilidade (IIS) e membro da RECN, o ano de 2022 foi marcado pela continuidade do retrocesso na agenda ambiental, que vem sendo aprofundado desde 2019. “Praticamente todos os fatos graves que acompanhamos durante o ano foram uma espécie de rescaldo das decisões de governo tomadas nos anos anteriores. Teve continuidade o enfraquecimento e sucateamento dos órgãos ambientais, grande desmobilização das frentes de atuação, principalmente do Ibama, responsável pela fiscalização ambiental, e enfraquecimento dos conselhos ambientais, com a redução da representatividade da sociedade civil. Todo esse modelo tem efeitos práticos no dia a dia, e, provavelmente, ainda vamos sentir suas consequências nos próximos anos”, frisa Loyola.

Matéria publicada pelo Ciclo Vivo em 23 de dezembro de 2022.